1º Sete Vidas
Conta a história do misterioso Ben Thomas, um fiscal do imposto de renda que apresenta comportamento bem fora do comum. Ele seleciona uma lista de pessoas em débito com o fisco e as segue, observando-as na vida pessoal e profissional, para saber se merecem a mudança de vida que ele pretende para elas ou nãoVai ocupar toda a sua atenção a moça Emily Posa, que luta contra uma deficiência cardíaca congênita e a colocou na fila de um transplante de coração. Por essa dificuldade, acabou devendo mais de US$ 56.000,00 ao fisco e Ben lhe oferece um adiamento de seis meses para o pagamento. E não para por aí, tornando-se um verdadeiro anjo para ela.
Ele guarda um grande segredo no passado, que o levou a um estranho pacto com um amigo e a água-viva que Ben põe no próprio quarto, num aquário, não é apenas parte da decoração. Inclusive a água viva tem um papel super importante na trama do filme, portanto merece uma atenção especial do espectador.
É um drama com roteiro muito bem montado e com uma difícil compreensão dos fatos que se sucedem, em histórias paralelas que se cruzam em diversos pontos, tem um pouco de romantismo e comédia que anima e agita os espectadores. Vale a pena conferir e segure as lágrimas no final, que é muito emocionante.
2º O curioso Caso de Benjamin ButtonApesar de também ser uma espécie de reverência a um cinema perdido no tempo, ou à própria passagem do tempo, trabalha bastante no terreno do emocional e isso garante uma certa estranheza bem interessante ao filme.
A premissa - homem é condenado a rejuvenescer enquanto todos envelhecem - poderia demandar um material com ambições grandiosas, mas o conto de F. Scott Fitzgerald e o filme de David Fincher fazem o possível para que o extraordinário protagonista seja um homem comum, que enxerga e encara o mundo de uma forma quase passiva. Parece assombrado pelo fantasma da morte que o persegue desde que nasceu, mas convive de forma harmônica com suas limitações - acho que daí vêm as comparações com Forrest Gump. Ambos são seres inofensivos que atravessam os anos extraindo lições de suas pequenas experiências. E ponto.
Fincher impressiona porque, à medida que não faz muito para salvar seu personagem dessa postura conformista em relação a tudo, mantendo-o discreto e quase escondido do resto do mundo, é extremamente hábil em explorar recursos visuais que em outras mãos se tornariam a mola mestra do filme. Aqui essa excelência imagética serve apenas como coadjuvante. Benjamin Button continua sendo um herói romântico sem carisma, sem grandes qualidades. E o filme reproduz essas características. É simples e quase apático. Sua maior qualidade é ser assim.
Bom Cine Pipoca pra você! =D